A produção de veículos do Brasil em janeiro foi de 145,4 mil unidades, uma queda de 27,4% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a permanência da escassez global de semicondutores, associado ao aumento de casos da variante ômicron do coronavírus nas montadoras pesaram sobre o indicador.
Na comparação com os números de dezembro, quando 210,9 mil veículos foram produzidos, o recuo é ainda maior, de 31%.
A Anfavea ressalta que, porém, que janeiro tradicionalmente é um mês de produção e vendas mais fracas na indústria em razão das paradas de fábricas no fim de ano e das férias escolares.
Mesmo assim, a retração neste início dee ano foi maior do que a esperada, ainda de acordo com a associação.
As montadoras associadas à Anfavea “reportaram índices sem precedentes de absenteísmo, por conta de afastamentos de funcionários por covid-19 ou por suspeita da infecção”, segundo a entidade.
As vendas de veículos também caíram em proporção similar no primeiro mês deste ano. Foram comercializadas 126,5 mil unidades, 26,1% a menos do que em janeiro de 2021.
A queda é similar à de outros países da América Latina afetados pelos casos de ômicron, que segundo a Anfavea recuaram na média 20%. O recuo nas vendas de dezembro de 2021 a janeiro deste ano foi de 39%.
“Foi um mês de recorde nas infecções por covid-19 no país e de chuvas acima da média para o período, o que afetou a produção dos fornecedores e dos fabricantes de veículos, e ainda afastou clientes das concessionárias”, diz o presidente da associação, Luiz Carlos Moraes, em nota.
As montadoras associadas à Anfavea “reportaram índices sem precedentes de absenteísmo, por conta de afastamentos de funcionários por covid-19 ou por suspeita da infecção”, segundo a entidade.
As vendas de veículos também caíram em proporção similar no primeiro mês deste ano. Foram comercializadas 126,5 mil unidades, 26,1% a menos do que em janeiro de 2021.
A queda é similar à de outros países da América Latina afetados pelos casos de ômicron, que segundo a Anfavea recuaram na média 20%. O recuo nas vendas de dezembro de 2021 a janeiro deste ano foi de 39%.
“Foi um mês de recorde nas infecções por covid-19 no país e de chuvas acima da média para o período, o que afetou a produção dos fornecedores e dos fabricantes de veículos, e ainda afastou clientes das concessionárias”, diz o presidente da associação, Luiz Carlos Moraes, em nota.
Apesar dos números, a Anfavea ainda mantém sua previsão de um bom ano para a indústria automobilística brasileira. O maior componente de incerteza, para a entidade, é a alta de juros, que pode desaquecer o mercado.
Para Moraes, os problemas causados pela ômicron serão amenizados “nos próximos dois meses”, o que permitirá uma remtomada da normalidade nas atividades. “Não teremos todos os semicondutores que precisamos este ano, mas o nível de escassez será menor que em 2021. Portanto, o único sinal de alerta é para a alta dos juros acima do que era esperado”, salientou o executivo.
Exportações aumentaram
As exportações de veículos montados, porém, cresceram 6,6% no comparativo anual em janeiro, para 27.638 unidades.
O segmento de caminhões seguiu sendo menos atingido pelos problemas na oferta de componentes, com a produção recuando 23,7% em janeiro sobre dezembro, mas crescendo 7,5% na comparação anual, para 9.463 unidades.
Já a produção da categoria de veículos leves, formada por carros, picapes, utilitários esportivos e vans, teve quedas de 31,7% e 29,2% nas comparações mensal e anual, respectivamente, em janeiro.
Carros elétricos
Apesar do alto custo, mais de R$ 150 mil, os carros elétricos e híbridos continuaram ganhando espaço em janeiro, segundo os dados da entidade.
Os modelos elétricos registraram vendas de 368 unidades em janeiro e os híbridos 2.190 ante emplacamentos de 140 e 1.181 unidades um ano antes. Já as vendas dos veículos flex recuaram de 138,3 mil para 94,9 mil.
A participação dos modelos elétricos e híbridos no total das vendas de novos em janeiro foi de 2,2% ante 1,8% no total de 2021 e 1% em 2020, segundo os dados da Anfavea.
Demanda por elétricos pode viabilizar fábricação locam em 2035
Questionado se o país poderá ter no horizonte de cinco anos alguma fábrica de modelos híbridos ou elétricos, Moraes citou dados de levantamento da entidade que apontam que em 2035 é possível que a demanda nacional justifique a instalação de pelo menos um linha de produção.
Segundo o levantamento, se o mercado nacional de veículos atingir um volume de 4,1 milhões de unidades, as vendas de elétricos e híbridos obrigatoriamente serão de cerca de 1,3 milhão de unidades, dada a legislação que obriga que pelo menos 30% “tenham algum grau de eletrificação”.
“É muito difícil carimbar quando vai acontecer (produção nacional de elétricos e híbridos), mas essas dimensões vão facilitar”, disse Moraes. “É inevitável, não vai ser na velocidade da Europa, mas vai acontecer”, acrescentou.
Ele citou que programas como o Finame Baixo Carbono, linha de crédito recentemente flexibilizada pelo BNDES, devem estimular a produção local de tecnologias de baixa emissão de poluentes no país, algo que também inclui motores que usam biogás e gás natural.